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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Aprendendo com um Pitbull (?)


Senta que lá vem viagem, das bravas!

Ontem à noite minha mulher ligou para uma querida amiga em São Paulo e conversaram bastante sobre Deus enquanto eu estava preparando o jantar. Vi da cozinha que elas estavam conversando e pedi para falar com ela, movido pela saudade e também pelo Espírito Santo. Peguei o telefone e comecei a falar com ela sobre o que Deus estava me mostrando.

Falei para ela ficar em paz. Disse que aquele vazio que ela vinha sentindo não era nada de anormal pois, sendo cristã, ela sofria da ‘saudade da cidade celestial’. Estávamos no mundo, mas não éramos do mundo. Algo como se tentássemos usar uma roupa que não mais nos servia. Esta era a razão daquele sentimento de vazio em seu coração. Tínhamos uma missão a cumprir, e somente 'naquele dia', todo vazio cessaria. Ela chorava muito e glorificava a Deus. Foi da hora! Adoro quando Deus faz isso!

Ainda cheio da presença de Deus, falei para minha mulher para irmos dar uma volta e conversarmos mais de Deus. Para mim isso funciona, mas não sei se faz sentido nem muito menos tenho certeza se conseguirei explicar como funciona. Quando você quer ouvir mais de Deus ou continuar ouvindo (como foi o caso), muitas vezes é necessário você sair de seu ‘habitat natural’ como sua casa, sua mesa do escritório ou sei lá o quê e dar uma volta, sentar numa praça, olhar a natureza ou outra coisa que fuja de sua rotina. Como estamos inseridos em nossas atividades cotidianas ficamos meio ‘blindados’ para ouvir a voz de Deus. Saindo da rotina com uma atitude simples como esta despertamos áreas que normalmente estão ‘adormecidas’, aumentando assim nossa percepção do sagrado.

Voltando ao causo: Fomos até a portaria do prédio mas estava chovendo muito. Decidimos ficar ali conversando e vendo a bendita chuva cair. Nisso um vizinho nosso saiu para levar seu cachorrinho para fazer o xixi noturno. O ‘au au’ dele é só um pitbull. Mas nós não tínhamos muita ‘intimidade’ com o bicho, talvez pelo preconceito, talvez pelo instinto de preservação.

Nosso vizinho nos tranqüilizou, falando que o bichinho era do bem. Como sou meio inconseqüente acreditei nele e passei a mão em sua cabeça. O 'pequeno cãozinho' ficou super feliz e pulou em mim. Minha mulher decidiu brincar com ele também. O bicho é muito pesado (32 kg!), forte e sem noção de seu peso nem de sua força. Vários arranhões e lambidas depois entramos para jantar..

Brincar com aquele pitbull me fez pensar em algumas coisas (na verdade ainda estou pensando):

1) Esta raça ficou estigmatizada pela violência, mas na verdade é o caráter do dono que o molda de um bobão a um assassino
2) O pobre cão não interfere no processo, sendo levado inocentemente na direção daquele a quem ele confia
3) Ele não tem noção de seu tamanho nem de sua força. (Como disse acima, mesmo sendo carinhoso à sua maneira, o pitbull me deixou todo arranhado...)

Mais uma vez digo que não sei se conseguirei passar a mensagem. O que conclui destes pontos levantados foi que nós muitas vezes temos uma essência inerente. Conhecemos e prosseguimos em conhecer o Senhor, crescendo em Sua presença, desenvolvendo nossos músculos espirituais e nos tornamos o que somos somente por estarmos trilhando o ‘Caminho’.

Como ‘pitbulls em Cristo’ (tenho certeza que não querer me entender, no mínimo... rsrs), nossa abordagem perante os fatos da vida é totalmente diferente da de um ‘poodle na fé’. Temos peso, somos fortes e muitas vezes não queremos machucar. Agimos com amor e carinho, mas temos a ‘mão pesada’. Não tem jeito. O que tem dentro da gente tem conteúdo, é maior do que nós. Não temos mais espaço para ficar no colinho de alguém sendo mimados. Queremos dar e receber amor e o fazemos, mas a sensação de vazio que me referi acima com relação à nossa amiga de São Paulo é inevitável.

Somos peregrinos e forasteiros, verdadeiros “Shreks”, ogros do pântano invadindo o vilarejo (nossa, viajei!!!), que assustam muitas pessoas pela nossa ‘aparência espiritual’, nossa densidade. Temos a mão pesada como o apóstolo Paulo, que sentava a ripa quando escrevia. E assim é nossa vida, nosso ministério.

Se eu conseguir reformular meus pensamentos sobre isso volto a escrever, pois ainda estou em processo de digestão desta forte impressão que tive ontem.

Deu pra entender?

1 comentários:

  1. João

    Tá ficando sem graça isso de dizer que gosto de vir aqui dar uma conferida nos teus escritos rss E tudo isso porque você fala da dinâmica da vida dentro da perspectiva de Deus. Só isso já me fascina. Porque pra mim isso é tudo. Simples assim!

    Você sabe que não quero encher tua bola rss mas é sério: cada vez é mais agradável ler teus posts.

    E que viagem gostosa essa que você me proporcionou agora.

    Essa viagem que de vez em quando me faz sentir uma estranha saudade de algo que nunca experimentei antes...

    Abs...

    R.

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Anônimo, eu não sei quem é você, mas o Senhor te conhece muito bem. Sendo assim, pense duas vezes antes de utilizar este espaço LIVRE (poderia bloquear comentários de anônimos mas não o faço por convicção pessoal e direção espiritual) antes de ofender quem quer que seja. Estou aberto para discutimos idéias sem agredir NINGUÉM ok? - Na dúvida, leia mil vezes Romanos 14, até ficar encharcado com a Verdade sobre este assunto...